Jair Bolsonaro apertou nesta terça-feira (05) o braço da nova presidente da Caixa, Daniella Marques, para que ela não assinasse o termo de posse com a caneta do banco, mas com uma caneta Bic. Marques assume o banco no lugar de Pedro Guimarães, investigado por assédio sexual e moral na estatal.
Logo depois que o ministro da Economia, Paulo Guedes, assinou o documento, Daniella Marques recebeu do ministro a caneta da Caixa e começou a assinar o termo de posse. De pronto, Bolsonaro usou as duas mãos para apertar e puxar o braço de Marques, tentando evitar a assinatura. Guedes chegou a tentar demover Bolsonaro do gesto, em vão.
Daniella Marques se assustou com o gesto do presidente. Quando recebeu dele a caneta Bic, modelo que ele usa desde seu primeiro dia no Planalto, a executiva mostrou a caneta da Caixa para a plateia e colocou-a no bolso do paletó de Bolsonaro. Aí, sim, deixou sua assinatura e formalizou sua posse na Caixa.
Sobre denuncias
A cerimônia de posse na Caixa foi fechada à imprensa. No discurso, Bolsonaro ignorou as denúncias de assédio sexual e moral contra Pedro Guimarães, antigo presidente da estatal e aliado recorrente em suas lives. E insinuou que atitudes como socos na mesa e ofensas podem ser comuns.
“Eu converso com todos os ministros. E muitas vezes numa sala reservada onde somos mais iguais do que nunca. Nós discutimos essas questões, dá um soco na mesa, fala um palavrão, muitas vezes, entre nós, e buscamos uma alternativa”.
Entre os episódios de assédio moral de Guimarães, denunciado por funcionários, estavam acessos de fúria e xingamentos, como mostrou a coluna de Rodrigo Rangel.
Acompanhe em vídeo:
*A reportagem é de Eduardo Barreto da coluna Guilherme Amado do Metrópoles
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