O mercado de televisores vem passando por grandes mudanças em 2021. Depois de a Sony anunciar o fim da produção e venda de seus aparelhos no país em março, hoje foi a vez de a Panasonic confirmar que vai deixar de fabricar suas TVs e produtos de áudio no país até o fim deste ano.
A multinacional japonesa informou que o encerramento da produção de TV e áudio no Brasil é uma decisão que segue uma estratégia global, com foco na sustentabilidade do negócio.
Apesar de os produtos serem produzidos na fábrica de Manaus, a unidade vai manter sua atividade com as linhas de micro-ondas, produtos automotivos e componentes eletrônicos.
Com o fim da área de TVs e áudio, a Panasonic vai demitir 130 funcionários até dezembro. O número representa 5% dos 2.400 colaboradores da empresa no país.
Além de Manaus, a Panasonic tem ainda a fábrica em Extrema, Minas Gerais, onde produz máquinas de lavar e refrigeradores. Em São José dos Campos, no interior de São Paulo, fica a unidade de fabricação de pilhas de zinco e alcalinas.
Decisão surpreende varejistas
A notícia da saída da Panasonic surpreendeu redes de varejo e analistas. Uma fonte do setor lembrou que o mercado de TVs vem passando por uma disputa tecnológica acirrada, o que exige pesados investimentos em software, conectividade e parcerias com empresas de variados setores como os de streaming de vídeos.
Hoje, o segmento é dominado no país pela sul-coreana Samsung, seguida da também coreana LG. Em paralelo, diversas marcas passaram a investir no setor com produtos voltados para a chamada faixa intermediária, com preços a partir de R$ 1.400, parar ocupar o espaço que se abre no mercado.
Foi assim que nos últimos meses a brasileira Britânia, conhecida pelos eletrodomésticos, anunciou seus primeiros modelos de TV, seguida da Toshiba, que selou parceria com a nacional Multilaser para voltar ao mercado brasileiro.
Fontes do setor revelam que Sanyo e Sharp são outras marcas de sucesso dos anos 1980 e 1990 que preparam o retorno às lojas.