A Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), promoveu, na manhã de ontem (17), um encontro reunindo mulheres atendidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) dos bairros Alvorada I, Alvorada III, Redenção e Compensa II, e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Centro-Oeste. Em pauta, assuntos como câncer do colo do útero e combate à pobreza menstrual, temas que fazem parte das atividades da campanha “Manaus por Elas”.
“Hoje estamos trazendo esses dois assuntos, mas também estamos falando de empoderamento feminino, sobre o que significa o Março Lilás e debater alguns assuntos que estão em destaque. A pobreza menstrual vai além da falta de absorventes, envolve também a falta de conhecimento de como usar, manusear e descartar o produto. E nós queremos que as mulheres se apropriem desse conhecimento”, declarou a coordenadora do Creas Centro-Oeste, Juliana Cavalcante.
Além das palestras, foi realizada a oficina “Retalhos da minha História”, baseada no poema de Cora Coralina, em que cada mulher foi convidada a transferir para um pedaço de tecido alguma parte importante de sua história. Ao fim, foi criada uma grande colcha de retalhos com a trajetória de cada uma delas.
“Essas mulheres vivem em situação de vulnerabilidade social, em sua maioria com histórico de violência doméstica, então, nós queremos, por meio dessa dinâmica, que elas relembrem momentos felizes de sua vida. Que possam contar momentos especiais, que foram marcantes. Essa colcha que está sendo costurada vai contar lindas histórias de vida”, afirmou Anália Mota, gerente de Políticas para as Mulheres da Semasc.
Durante a atividade, as mulheres empreendedoras também tiveram espaço para a venda de artesanato.
“As mulheres procuram os Cras para atendimento do Cadastro Único, mas nós temos outras atividades, em que buscamos oportunizar formas de elas terem uma alternativa de sobrevivência por meio da venda de produtos. E essa ação de hoje é uma oportunidade de tornar os produtos que elas confeccionam, conhecidos por outras mulheres, além de garantirem uma renda extra no fim do dia”, disse Railssa Almeida, coordenadora do Cras Alvorada.
A artesã Brenda Monique foi uma das mulheres participantes das atividades. “A venda dos produtos está bem tranquila e a nossa expectativa é que possamos crescer sempre mais. É a forma de garantir um dinheiro que venha somar na renda familiar”, finalizou.