Manaus (AM) – O tenente da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) Joselito Pessoa Anselmo foi condenado a 63 anos de prisão, na noite de quarta-feira (14), por matar dois colegas de farda dentro de um carro em 5 de janeiro de 2019, na rua Monte Horebe, bairro Colônia Santo Antônio, zona Norte de Manaus.
Ele foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado contra Edizandro Santos Louzada e Grasiano Monteiro Negreiros, e tentativa de homicídio contra Robson Almeida Rodrigues e Lurdenilson Lima de Paula.
O júri popular começou às 9h08 de quarta-feira e encerrou por volta das 22h30, no Plenário do Júri, no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, na zona Sul de Manaus.
Na leitura da sentença, às 22h25, o juiz presidente da Sessão de Julgamento, Lucas Couto Bezerra, decretou a prisão para o cumprimento provisório da pena. A defesa prometeu em plenário que vai recorrer da sentença.
O crime
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas, Joselito Pessoa Anselmo estava no interior de um veículo Voyage, em companhia de Edizandro Santos Louzada, Grasiano Monteiro Negreiros, Robson Almeida Rodrigues e Lurdenilson Lima de Paula.
Todos tinham acabado de sair de uma casa noturna e Edizandro Santos Louzada conduzia o veículo quando, sem motivo aparente, Joselito, que estava no assento do meio do banco traseiro, sacou uma arma de fogo e passou a efetuar disparos em direção de cada ocupante do veículo, enquanto gritava dizendo que iria matá-los, ainda conforme a denúncia do órgão ministerial.
Edizandro recebeu um tiro na região da nuca e morreu no local. Lurdenilson, que estava no assento direito dianteiro, sofreu um tiro nas costas, o qual atingiu-lhe a coluna cervical.
Grasiano, que estava no banco traseiro atrás de Lurdenilson, foi alvejado no pescoço e morreu logo em seguida. Robson, que estava no banco traseiro atrás do motorista, sofreu um tiro no ombro esquerdo enquanto tentava se defender de Joselito, ocasião que também sofreu outros ferimentos. Ainda conforme os autos, durante a luta, Robson conseguiu desarmar Joselito e saiu correndo do local para buscar socorro para as vítimas.
Na fase do inquérito policial, Joselito alegou perante a autoridade policial que não atirou para atingir os demais ocupantes do veículo e sim para se defender de pessoas de um outro veículo que, segundo ele, estaria emparelhando com o Voyage ocupado pelo grupo.
Segundo os autos, a versão do réu não foi confirmada pelas vítimas sobreviventes e os laudos apontaram que o Voyage não apresentou qualquer vestígio de penetração de projéteis de arma de fogo vindos de fora para dentro.
*Com informações da assessoria
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