POLÍTICA- Em depoimento á CPI das ONGs do Senado, o superintendente da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Virgílio Viana , revelou que em 15 anos desde sua fundação com recursos do então governo Eduardo Braga, a organização movimentou cerca de R$400 milhões de doações privadas e recursos públicos. Com vídeos e gráficos, Viana mostrou programas de assistência a indígenas e ribeirinhos, mas não esclareceu como o dinheiro foi efetivamente gasto.
A CPI levantou informações sobre gasto de R$13 milhões em 2022 com salário de 143 colaboradores. Virgílio começou seu depoimento dizendo ser devoto de São Francisco de Assis e citando trecho da oração que diz: onde houver erro que eu leve a verdade. Mas se negou a divulgar o valor de seu salário e dos 143 colaboradores quando o relator Márcio Bittar (UB-AC) perguntou se confirmava informação de que ganhava R$100 mil por mês.
_ Tenho mestrado, doutorado, 40 anos de trabalho, e o valor está abaixo do teto do mercado, está dentro da média do mercado. Eu não tenho nenhum problema em compartilhar o valor do meu salário, só me reservo o direito de não fazer isso publicamente, porque nós estamos em uma sessão aqui em que não só temos os presentes, mas isso está na internet, está no YouTube _ respondeu, dizendo que enviaria de forma sigilosa á CPI.
O presidente da CPI , senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse que a comissão vai avaliar se chama Virgílio para novo depoimento para explicar divergências com informações sigilosas em documentos recebidos.
_ Falou de números, mostrou vídeos, gráficos , mas pairam ainda dúvidas sobre a de prestação de contas, notas do que pagaram , com o que gastou e a quem pagou. Diz que gasta 30% com folha de seu pessoal e nós temos informações sigilosas do BNDES com outros números. Vamos analisar se o chamamos de novo para falar dessas divergências, ou se vamos contestar e colocar as contradições no relatório _ explicou Plínio Valério.
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