POLÍTICA- Nesta terça-feira (07), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) fez uma visita ao Centro de Prevenção Provisória II da Papuda (CPP II), em Brasília e à Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF-Colmeia) para visitar os amazonenses presos após os atos do dia 8 de janeiro. Foram identificados sete presos do Amazonas: cinco homens estão em uma ala na Papuda e duas mulheres na Colmeia. O parlamentar realizou as visitas com a intenção de vistoriar as instalações dos presídios, as condições dos presos e se todos estavam com acesso à defesa.
“Na realidade o tratamento dado é de cadeia. Todos estão sendo bem tratados e trouxemos conforto, conversamos e vamos ver o que podemos fazer pelos nossos conterrâneos. Eu asseguro a vocês, nenhum deles tem perfil de terrorista ou bandido, nunca tiveram passagem pela polícia”, relatou o senador. Plínio Valério destacou ainda que quem cometeu qualquer ato ilícito, depredação de patrimônio público e invasão deve ser responsabilizado, mas que se garanta o direito à ampla defesa aos que não fizeram nada de errado e estão na cadeia injustamente.
O senador conversou com os amazonenses para saber as condições das prisões, acesso à água e alimentação e como está o dia a dia nas penitenciárias. Plínio Valério foi acompanhado do advogado Geovane Veras Pessoa e checou se todos os presos estão com advogado e quais deles possuem necessidades, como acesso à medicamentos, necessidade de comunicação com a família, comorbidades, filhos menores de idade, entre outros. Um casal amazonense que mora em Joinville (SC) e possui filhos menores de idade estão sem contato com a família, outro amazonense de 19 anos ainda estava sem nenhum advogado. “Precisamos ver as condições de todos e relatar à justiça a necessidade de liberação, analisando caso a caso”, disse Plínio. “O pior lado é esse. A família não sabe de nada. Esse pessoal veio para Brasília, estão presos e ninguém tem informação nenhuma”, afirmou. Os amazonenses presos disseram ao senador que muitas pessoas foram presas por estarem no acampamento na porta do Quartel General do Exército de Brasília e que não participaram de depredações.
O parlamentar também se reuniu com o diretor do CPP II Marcelo Praxedes e com a diretora da PFDF Kamila Mendonça que relataram as mudanças na logística das prisões após a chegada dos presos dos atos de 8 de janeiro. Só na Papuda, eram cerca de 1200 presos e após as prisões mais de 900 pessoas foram para a penitenciária, quase dobrando o número de presos. Na Colmeia, o número de mulheres presas também dobrou após as prisões dos atos do dia 8. Todos eles estão separados dos demais presos.