Brasília (DF) – Ao final de um dia inteiro de discussão, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) registrou seu voto não á PEC fura teto na votação simbólica da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) . Ele brigou pela inclusão de emenda de sua autoria para limitar os gastos com o Programa Auxílio Brasil acima do teto apenas por um ano, e não até 2026 sem passar pelo Congresso, mas a emenda foi rejeitada pelo relator Alexandre Silveira (PSD-MG .
Plínio reafirmou ser favorável a ampliação dos gastos para os R$200 a mais do Auxílio Brasil, mas evitando a qualquer custo que os gastos sem fonte de financiamento, fora do teto , resultem no descontrole inflacionário , estouro dos juros e endividamento público . E rebateu a “balela” de sempre de que se não aprovar já, o Brasil fecha e quem votar não está contra a população.
“Não venham querer que eu, um senador do Amazonas, das barrancas do rio Juruá, seja o otário. Ahh o Brasil vai acabar, vai faltar comida, essa coisa de palanque. A eleição acabou, desçam do palanque. Aqui ninguém é contra o auxílio ou contra a população , a gente é contra a demagogia de dar com uma mão e tirar com a outra. Vejo gente achando que aqui tem senador bobo, aqui, ao contrário do que pensa o ministro Barroso, não tem manés”, desabafou Plínio momentos antes da aprovação da PEC em votação simbólica.
Plínio reclamou que passada a eleição, o governo de transição teve 40 dias para elaborar a PEC fura teto, mas deixou para enviar em cima da hora para tirar do Congresso o direito de debater e votar com responsabilidade.
“Aí eu vejo (dizerem aqui) que o Lula foi bom, que o Lula é isso e aquilo. Se é tão bom ele não precisa dessas benesses. Ganhou a eleição tem que arcar com a responsabilidade e não querer que o Senado assuma a responsabilidade desse fura teto”, rebateu Plínio, argumentando que os economistas dizem que se essa PEC passar , vai anular em quatro anos os ganhos que a reforma da previdência trará em 10 anos.
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*Com informações da assessoria