Em sessão dedicada a votar projetos com foco nos direitos femininos, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) subiu a tribuna do Senado para dizer que o Dia Internacional da Mulher é a data perfeita para festejar lei concreta, de sua autoria, que irá promover uma revolução cultural na base, levando ao currículo transversal das escolas conteúdo sobre combate á violência contra as mulheres. Plínio lembrou que a Lei Maria da Penha é excelente, mas só a punição de agressores não basta, o feminicídio continua sendo uma epidemia no País , por isso só com a mudança cultural do combate ao machismo nas escolas, o problema pode ser amenizado nas próximas gerações.
Em seu pronunciamento Plínio ressaltou que chegou ao Senado carregado de sonhos e uma de suas metas era discutir o tema violência contra a mulher nas escolas. Agradeceu o apoio das bancadas femininas da Câmara e Senado na aprovação da lei que já está no ordenamento jurídico e começa a ser levada às escolas. Ele exibiu da tribuna a cartilha produzida com o conteúdo da lei e que será distribuída nas prefeituras de todo País explicando a importância das palestras e produção de conteúdo de conscientização de meninos e meninas nas escolas para aprenderem o respeito nos relacionamentos.
“Acontece uma agressão física a cada dois minutos no Brasil. A gente não trabalha na raiz, que é a educação. É lá na escola, com palestras, exposições e outras atividades, que o menino vai entender desde cedo que mulher não é mercadoria, que quando ela diz não, é não. A violência contra as mulheres no Brasil é decorrente do alto nível de machismo que herdamos de nossos antepassados. Mas estamos nos libertando”, discursou Plínio, lembrando que educadoras tem se manifestado em apoio a nova lei, dizendo que pode-se fazer um parâmetro no antes e depois da aprovação de seu projeto.
Na sessão de hoje foram aprovados projetos de defesa da mulher, entre eles, o que garante a mulher idosa prioridade no atendimento policial , o que institui a Lei dos Direitos da Mãe Solo e o projeto que muda o Código Penal para aumentar as penas de crimes contra as mulheres, como calúnia, injúria e difamação principalmente por meio das redes sociais.
“Hoje é dia de festejar essa lei nascida e parida no Senado. Essa lei é nossa, dos senadores e senadoras. Temos uma coisa concreta para comemorar. É la na base que vai se dar a revolução cultural”, finalizou Plínio.