POLÍTICA- Sem acordo entre as grandes potências sobre quem custeará a transição energética do Acordo de Paris, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) avalia que a comitiva de ministros, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pela ministra Marina Silva, trará de volta apenas promessas vazias de ajuda financeira para a proteção da Amazônia, enquanto o Brasil recebe novas imposições. Plínio Valério classificou as duas semanas de discussões da Cúpula do Clima da ONU, em Baku, Azerbaijão, como “mais uma festa pirotécnica”.
Sem consenso sobre um acordo de financiamento climático, especialmente com a promessa do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do Acordo de Paris, Plínio acredita que a COP-29 será mais um fracasso, como as 28 anteriores.
“Logo após a posse de Lula e Marina, o presidente Joe Biden anunciou uma promessa ambiciosa de doar US$ 500 milhões ao Fundo Amazônia. Nos próximos dias, já se despedindo do cargo, ele deverá desembarcar no Brasil para participar da reunião do G-20 e visitar a Amazônia sem cumprir a promessa. Dos R$ 2,5 bilhões prometidos, o Fundo Amazônia recebeu apenas alguns poucos milhões de reais”, lembra Plínio.
Mesmo com essa coleção de promessas não cumpridas, o governo brasileiro se prepara para desembolsar cerca de R$ 5,1 bilhões dos cofres públicos para sediar a COP-30 no próximo ano, em Belém do Pará. Em editorial, o Estadão apontou que será um “vexame anunciado”, pois, mesmo com a maquiagem em andamento, representantes de mais de 150 países verão o grave déficit de saneamento básico da capital paraense, uma das piores do país.
“Já imaginaram se esses bilhões fossem investidos em infraestrutura e saneamento no Pará? A COP-30 no Brasil não será diferente. Servirá de troféu político para alguns, como a ministra Marina Silva, enquanto nós pagaremos a conta de mais essa festa bilionária cujas decisões, de novo, serão contra a Amazônia e o Brasil”, critica Plínio.
*Com informações da assessoria