A tecnologia avança e é cada vez mais comum as pessoas utilizarem sites e aplicativos para resolver questões do dia a dia, como pagar contas e fazer transferências bancárias. Essas ferramentas tecnológicas facilitam a vida das pessoas, mas também representam risco e exigem atenção, pois as tentativas de golpes financeiros na internet têm sido corriqueiras.
Dados da Delegacia de Repressão de Crimes Cibernéticos (DERCC) mostram que de 2019 a 2020, o número de crimes digitais aumentou em 1000% no Amazonas. Isso inclui a prática de phising, técnica de envio de link falso por e-mail ou mensagem de texto em que a pessoa é induzida a compartilhar dados pessoais.
O professor do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Teresa, Flávio Espírito Santo, ressalta que, hoje, é muito difícil ter alguém que ainda não sofreu ou que não conheça pessoas que tenham sido vítimas de golpe na internet. Ele destaca que é preciso reforçar os cuidados no momento de fazer transações financeiras pela internet.
De acordo com o professor da Santa Teresa, a primeira e principal dica para evitar esse tipo de golpe é desconfiar de qualquer link recebido por e-mail ou mensagem, mesmo que seja alguém conhecido. A clonagem de número de celular, diz ele, tem acontecido com frequência. “Pedidos de transferências de dinheiro ou de informações pessoais, como número de cartão de crédito e CPF, são alertas para possíveis golpes”, frisou.
Flávio Espírito Santo orienta que as pessoas incluam a confirmação de duas etapas nos aplicativos que tiverem essa opção, criando uma senha extra e proteção adicional. Outra dica é ficar atento a promoções com descontos muito atrativos. “Como diz o ditado popular, quando a esmola é grande, o santo desconfia. Muita facilidade pode ser um alerta de golpe. Além disso, essas promoções, normalmente, pedem que a pessoa repasse o link para outros usuários para garantir um brinde ou desconto. Nesse caso, é melhor desconfiar e pesquisar se a promoção realmente existe”, afirmou.
Também é importante observar o link dos sites. Canais que não mostram o endereço completo da suposta marca são suspeitos. Em relação aos bancos, os clientes devem saber que as empresas não fazem ligação ou enviam mensagens pedindo senha. Se isso acontecer, a recomendação é desligar ou não responder. “Em seguida, ligue para a instituição financeira que é cliente e informe o caso”, orienta o professor.
Nas compras on-line, conforme Espírito Santo, é importante, antes de concluir o pedido, pesquisar a empresa, conferir dados comerciais, como o CNPJ, razão social, endereço e telefone.
No caso de ser vítima de um golpe, a orientação dele é ir à delegacia, para registrar Boletim de Ocorrência. Também deve-se registrar reclamação no site, em caso de compra on-line, ou no banco. “Guarde prints das telas, e-mails e mensagens recebidas. Tudo isso são provas para responsabilizar os criminosos”.