Por determinação do prefeito David Almeida, a Procuradoria Geral do Município (PMG), ingressará ainda nesta sexta-feira, 22/1, com um pedido junto à Justiça Federal, para exigir que a União inclua 102 servidores que atuam no SOS Funeral e outros 190 coveiros que estão diretamente trabalhando nos cemitérios de Manaus, ajudando no enterro das vítimas da Covid-19.
Em entrevista coletiva, na quinta-feira, 21, o prefeito destacou que esses profissionais não foram lembrados pelo Ministério da Saúde, quando houve a definição da lista de prioridades para a vacinação. Ele ressaltou ainda que os servidores estão diariamente expostos à contaminação pelo novo coronavírus, porque lidam com corpos de vítimas da doença.
“Mesmo com toda a proteção que nossa equipe de saúde promove nos corpos das vítimas da Covid-19, ainda assim, esses profissionais que estão no SOS Funeral e nos cemitérios estão diretamente expostos à contaminação, carregando até 40 pessoas por dia, colocando dentro das urnas funerárias. Eles estão sendo heróis, e também precisam da vacinação”, afirmou David.
Ação
O procurador-geral do Município, Marco Aurélio Choy, informou que a definição das prioridades do Programa Nacional de Vacina (PNI) é estipulada pelo governo federal. Por causa da escassez de vacinas, foi definido que, nesta primeira fase, só devem receber as doses, idosos que vivem em asilos, indígenas aldeados e profissionais de saúde, que trabalham na linha de frente contra o novo coronavírus.
“O governo federal estipula as prioridades. Assim como incluiu recentemente os caminhoneiros dentro do grupo de risco, há outros grupos de profissionais que são prioritários, e que, assim como agentes de saúde, também estão na linha de frente, como, por exemplo, os coveiros. A pedido do prefeito David Almeida, vamos tentar incluir esses profissionais, além dos funcionários da Semasc, que trabalham com o SOS Funeral, no grupo de prioridade da vacina”, informou Choy.
Números
De acordo com dados da Prefeitura de Manaus, são 292 servidores, sendo 102 do SOS Funeral, e 190, da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), que trabalham diariamente com a remoção e enterro de vítimas da Covid-19 e que terão direito a receber a vacina, caso a Justiça acate o pedido.
Fonte: Semcom