Manaus (AM) – O prefeito de Jutaí, Pedro Macario Barbosa, é alvo da terceira fase da operação “Uiara”, deflagrada nesta quarta-feira (20) pela Polícia Federal, por cobrar propina de garimpeiros. Ele foi afastado do cargo por 90 dias. Além dele, secretários e o chefe do gabinete também são investigados na ação.
A ação foi deflagrada em Manaus e no município. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e 10 medidas cautelares, dentre elas as de afastamento do cargo e funções públicas e acesso à prefeitura de Jutaí, além da cassação de autorizações de garimpos de minério ilegal.
Conforme a PF, a investigação visa desarticular organização criminosa voltada à prática
de garimpo ilegal e demais crimes conexos, como corrupção ativa e passiva, crimes ambientais
e possíveis outros ocorrendo em sua maior parte em Jutaí. As penas, somadas, podem ultrapassar a 20 anos de reclusão.
Pedro Macario Barbosa é suspeito de chefiar todo o esquema de recebido de propina, que, conforme as investigações, eram pagos em ouro ou dinheiro em espécie.
Em novembro de 2021, o prefeito foi preso pela polícia com 200 gramas de ouro no aeroporto de Tefé quando tentava embarcar com destino a Manaus.
A operação contou com a participação de policiais federais do Amazonas e do COT
(Comando de Operações Táticas).
Operação Uiara I
Na primeira fase da operação, foram destruídas 131 balsas de garimpeiros ilegais na região de Autazes e Nova Olinda do Norte. Na época, três pessoas foran presas com 150 gramas de ouro extraído ilegalmente da calha do Rio Madeira. Já na segunda fase da ação, deflagrada em Borba, foram destruídas 34 balsas.
A PF esclarece que atualmente toda a atividade de lavra de minério na região é ilegal e que as ações objetivando a desintrusão de garimpeiros continuarão a ser realizadas, assim como serão estendidas no decorrer do ano a outras regiões no Estado do Amazonas.
A reportagem tentou contato com a prefeitura do município pelo telefone (97) 3425-1117, mas sem sucesso.
*Com informações da assessoria
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