Manaus (AM) – Ao participar do debate no programa Prós e Contras, da TV Jovem Pan News sobre o segundo turno da eleição presidencial, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) avaliou que , nessa nova e decisiva fase, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem mais chances de conquistar parte dos cerca de 30 milhões de eleitores faltosos ou que votaram nulo e branco, do que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva .
Plínio disse que chegou a hora de todos se posicionarem e sua primeira decisão é não votar no PT.
Considerou que, como ele que está doido para derrotar o PT, grande parte dessa gordura a ser reconquistada por Bolsonaro, só está aguardando para ver se ele vai consolidar a performance ponderada mostrada na coletiva de Imprensa concedida logo após a divulgação do resultado do primeiro turno, quando abandonou as bobagens e narrativas que o fizeram perder eleitores nos últimos três anos e meio.
“A gente tem que tomar uma posição. Eu não voto no PT . Se Bolsonaro mantiver a performance de ontem na coletiva , sereno, tranquilo, calmo , reconhecendo que não pode falar besteira , fica mais fácil votar nele para quem não vota no Lula . Então minha primeira postura aqui no Amazonas é: não voto no PT. Eu ajudei meu amigo, meu irmão Omar Aziz. Ele é Lula, eu não sou. Então , vamos estar em lados diferentes agora”, adiantou Plínio.
No debate com o jornalista Adalberto Pioto, Plínio avaliou que Bolsonaro saiu fortalecido do primeiro embate, por desmentir as pesquisas e adotar um tom moderado, e que os candidatos derrotados Ciro Gomes e Simone Tebet tem poucas chances de transferir votos para um dos candidatos que continuam na disputa.
“Essa estória de que pela primeira vez a pessoa sai candidato e tem X por cento de votos e pensa que pode transferir, é pura ilusão. Eleição majoritária tem muito a ver com o emocional, com o momento . O Ciro não é dono daqueles votos, a Simone muito menos”, disse.
Sobre qual dos dois tem mais condições de buscar mais eleitores, Plínio Valério avaliou que , se se verificar o esforço monstruoso de Lula para acabar a eleição no primeiro turno , se conclui que o petista bateu no teto e Bolsonaro tem mais chances de atrair mais apoios.
“Se não conseguir alianças fora do campo do PT , o PT é só ele, bateu no teto. Eu votei no Ciro, mas eu não vou obedecer o Ciro . Como eu, tem milhares . O que eu observo para poder decidir o meu voto no Bolsonaro é se ele vai parar de falar as bobagens que falava lá atrás . A gente não quer um presidente que fique falando bobagem o tempo todo . No meu entendimento eu acho que o Bolsonaro sai fortalecido , não só pela base no Congresso, mas porque desmentiu as pesquisas e aumentou seu percentual. O PT bateu no teto, se não conseguir outras alianças vai ficar onde parou “, completou Plínio.
Plínio alertou entretanto, que falta competência á campanha de Bolsonaro para capitalizar as conquistas de seu governo na área social.
“O que vi ontem na coletiva foi um outro Bolsonaro, onde reconheceu que uma frase mal colocada pode acabar com tudo, e preferiu falar de Economia. É inadmissível que o governo federal que triplica a ajuda das famílias, que sobe para R$600, não tenha rendimento político com isso, é muita incompetência . Nós que não votamos no PT, estamos doidinhos para derrubar o PT. Mas a gente também não quer correr risco nas declarações que o presidente dava anteriormente”, disse.
Sobre a influência dos artistas, Plínio observa que eles influenciam na sensibilidade, no discurso de que está todo mundo com o candidato.
“Ex-ministros que condenaram no Petrolão ( Joaquim Barbosa, ex STF) estão dando apoio a Lula . Essa camada do Ciro e da Simone está observando . Vai depender muito mais do Bolsonaro a vitória dele . Se tiver consciência de que o Lula bateu no teto fica mais fácil ele decidir a eleição. E eu, para decidir ( se o apoio) só estou esperando o Bolsonaro repetir mais uma entrevista ( sereno e ponderado) para mostrar que o candidato de ontem continua sendo o de amanhã”, finalizou Plínio.
Veja em vídeo:
*Com informações da assessoria