Brasília (DF) – Em discurso na tribuna nesta quarta-feira (10), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) contestou mais uma previsão catastrófica de organismos internacionais sobre o fim iminente da Amazônia, sem nenhuma base na realidade, usada aqui e no exterior por ONGs ambientalistas financiadas por fundos internacionais, em campanhas contra o Brasil e contra o desenvolvimento do povo das florestas.
Ele citou, especificamente, um texto do ‘Nature Climate Change’ publicado em um periódico estadunidense, em que se garante que a Amazônia se aproxima de uma “virada irreversível”, e que 50% de seu volume florestal está perto de se tornar uma grande savana. Tudo devido, segundo os autores do texto, a ações humanas que acabam por agravar, potencialmente, o problema do aquecimento global.
Plínio lembra que há décadas, a cada dois ou três anos, a tese da desertificação da Amazônia, uma fake news criminosa, vem sendo repetida com grande eco nos meios de comunicação para barrar o desenvolvimento da Amazônia. E essa tese catastrófica nunca se concretiza, já que a cobertura florestal do Amazonas, por exemplo, tem cerca de 97% de preservação, ao contrário dos países que mais criticam o Brasil.
Agora, o grande estardalhaço está sendo sobre o concorrente sério a campeão do catastrofismo amazônida, segundo Plínio, citando o Relatório Anual de Desmatamento lançado pelo projeto MapBiomas .
O tal relatório assegura que, na Amazônia, o ritmo da derrubada de florestas chegou a 1,9 hectare por minuto, o que equivale a cerca de 18 árvores por segundo. Sem detalhamento de onde tiraram esses dados, a fonte do estudo seria um balanço do ocorrido em 2021, um mapeamento das mudanças na vegetação do território brasileiro a partir da colaboração de universidades, ONGs e empresas de tecnologia.
Segundo o estudo contestado por Plínio, a cada hora, o Brasil perdeu 189 hectares de vegetação nativa ao longo de 2021 — foram 4.536 hectares por dia. A marcha acelerada somou 16.557 quilômetros quadrados de desmate no último ano, equivalentes a quase três vezes a área do Distrito Federal.
O valor seria 20% superior ao de 2020. Apenas na Amazônia, o ritmo da derrubada de florestas teria sido de 1,9 hectare por minuto, o que equivale a cerca de 18 árvores por segundo. Em todo o País, seriam cerca de 191 novos eventos de desmatamento por dia. Para cada ação de desmate, a velocidade média foi de 0,18 hectare por dia em 2021 — contra 0,16 hectare/dia em 2020.
“Para se verificar a autenticidade desses dados basta fazer contas. Implicariam o desmate de 987 mil 610 hectares, ou 9.876 quilômetros quadrados. A partir daí, constataríamos que representariam a derrubada de 567 milhões, 648 mil árvores em um ano, já que a densidade comprovada da vegetação da Amazônia é de 565 árvores por hectare. Chegaríamos, portanto, a afirmar que foram desmatados nesse ano apenas, na Amazônia, o equivalente a mais de oito vezes a superfície do município do Rio de Janeiro. É evidente que isso não ocorreu. Acreditar cegamente nesse tipo de estudo, que parte de variáveis não evidenciadas e não verificáveis, é confiar em teses duvidosas, a serviço de causas não identificadas”, questionou o senador.
O parlamentar ressaltou ser evidente a necessidade de se preocupar com os danos ambientais, como também o dever de combater o desmatamento na Amazônia e proteger qualquer um dos biomas brasileiros. Mas acreditar em teses infundadas e em dados catastrofistas, porém, é desservir a Nação.
“Quero dizer aos brasileiros: não acreditem nessa mentira nem aceitem a pecha de vilões e bandidos que querem nos impingir. Não acreditem nesse filme que eles apregoam e querem que assumamos a pecha de bandidos , acreditem, nós não somos bandidos . Bandido é quem usa de artimanhas falsas para tirar dinheiro de quem menos entende . Bandido é quem saqueia o Brasil e a Amazônia desde os tempos coloniais. Nós não somos bandidos”, reagiu Plínio.
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*Com informações da assessoria
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