Ao condenar as demissões de funcionários no Banco da Amazônia, o Basa, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) pediu que o comando da instituição faça uma revisão da política de pessoal. “Demissões são sempre traumáticas e se tornam ainda mais chocantes quando atingem servidores públicos concursados, com longo tempo de dedicação e esforço”, destacou o senador amazonense. As demissões começaram ano passado, com o corte de 145 servidores do quadro de apoio do Basa e continuaram em janeiro deste ano, com um anúncio de um programa de desligamento que atinge 302 engenheiros.
“Sabemos que esses programas de demissão voluntária não têm nada de voluntário, sendo antes programas de demissões compulsórias. As entidades sindicais ligadas à categoria sequer foram comunicadas. São funcionários conceituados que passaram por concurso público para ingressarem no banco. Profissionais com grande capacidade técnica e, mais, experimentados por longas carreiras no mercado financeiro”, alertou Plínio Valério. Na avaliação do senador, essas demissões enfraquecem a instituição e terceirizam o acompanhamento da aplicação do crédito.
“O Banco da Amazônia não é uma instituição de governo, mas uma instituição de estado, que não pode ser subordinada a meros caprichos de administrações que, por sua definição, são temporárias”, disse.
Além de prejudicar a instituição, o senador afirma que essas demissões causam um forte impacto na economia do país, já prejudicada com os mais de 13 milhões de desempregados em meio a uma pandemia. “O mínimo que podemos dizer é que não é hora apropriada para medidas como essas”, afirma.
“Sou testemunha do grande trabalho que o Banco da Amazônia desempenha há 56 anos em favor da região amazônica e do Brasil. Faço, portanto, um apelo para que os dramáticos cortes de pessoal sejam revistos e para que se retome o diálogo funcional, de modo a garantir muito tempo mais para que o Banco da Amazônia continue a desempenhar sua missão com a competência que o tem marcado até aqui”, relatou.