POLÍTICA-Autor da lei que instituiu a independência do Banco Central contra ingerência política nas mudanças de Governo, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) comemorou o surpreendente resultado da política monetária comandada pelo presidente Roberto Campos Neto, que , pela primeira vez desde 2020, garantiu que a meta de inflação voltasse a ser cumprida. Plínio lembrou que logo após a posse do atual governo em janeiro do ano passado, Campos Neto e a autonomia do BC foram alvo de duros ataques e campanha violenta de lideranças governistas , coordenados pelo próprio presidente Lula.
Com o apoio do Congresso a lei não foi derrubada, Campos Neto venceu a queda de braço, manteve a política monetária e agora os governistas comemoram que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o acumulado do ano dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulou alta de 4,62% em 2023.
_ A ironia é que os que fizeram campanha agressiva para derrubar o presidente Campos Neto e a nossa lei de autonomia do Banco Central, agora batem bumbo como se fossem os responsáveis por essa ótima notícia para a economia brasileira. Mas Campos Neto não se intimidou com as ameaças e manteve a política monetária no rumo certo na marra. Como autor da Lei de Autonomia do BC posso, sim, comemorar que ajudamos a impedir um desastre econômico caso a ingerência política populista do governo tivesse tido sucesso _ comemorou Plínio Valério.
Economistas admitem que foi a primeira vez desde que a autonomia formal da autoridade monetária entrou em vigor, em fevereiro de 2021, que tal objetivo foi alcançado. É responsabilidade do Banco Central controlar a inflação. Em 2023 o chamado centro da meta era de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (pp) para baixo ou para cima, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%. Fechou em 4.62%.