POLÍTICA- Para melhorar sua imagem após denúncias estampadas nas investigações da CPI das ONGs, presidida pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM), há alguns dias está no ar comerciais de uma campanha patrocinada pela Sociedade Viva, conglomerado de organizações que representam ONGs, como a Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais (Abong). Os comerciais foram criados com o objetivo de tentar convencer os brasileiros sobre o trabalho das ONGs e sua importância na sociedade. Plínio esclareceu que existem ONGs que são boas e merecem o elogio de toda a sociedade, mas no caso das más ONGs, que lucram com a miséria de indígenas, ribeirinhos e povos da floresta, como revelamos na CPI das ONGs, trata-se de propaganda enganosa.
_ Trata-se de uma campanha enganosa, o que é regra nas ONGs ambientalistas, que dizem pertencer ao “império do bem”. Não acreditem nisso. Eles não têm nada de bem. Pode até ser do império que eles criaram, mas não é nada de bom, e nada de bom para todos nós. Eu não suporto, eu não tolero e não vou tolerar. É a riqueza crescendo em nome e fazendo uso da pobreza _ criticou Plínio.
Ele relatou na tribuna que em um dos programas desta campanha, intitulado “Chuva de Verdades”, mostra uma conversa entre uma mulher e um homem em um comércio onde discutem as mudanças climáticas. A personagem feminina afirma que isso representa “mais trabalho para as ONGs”. O outro personagem questiona: “Mas o que as ONGs têm a ver com isso?”. E ela explica: “Para começar, as ONGs trabalham para proteger a Amazônia”.
_ Permitam que eu possa rir . Só rindo desse tipo de coisa! E, nesse diálogo, os dois personagens dizem em sintonia, na mesma voz, no mesmo tom: “ONG faz acontecer!” _ reagiu Plínio.
O que a campanha mostra , segundo Plínio, não reflete o que os indígenas relataram aos senadores na CPI, nem o que observaram durante nossas diligências em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas; na Reserva Chico Mendes, no Acre; e na região de Apyterewa, no Pará.
_ Na Amazônia, há, de fato, muitas ONGs que fazem acontecer, mas para benefício próprio. Por exemplo, o Instituto Socioambiental, conhecido por indígenas da Região do Alto Solimões como Isa (Índio Sendo Assaltado), fechou o ano de 2022 com um orçamento de quase R$70 milhões , segundo o seu diretor, Márcio Santilli, em depoimento à CPI , que reconheceu isso. Desse valor 84% são provenientes de doações estrangeiras e 16% de doadores nacionais _ relatou Plínio.
Outra ONG que agiu em benefício próprio é a Fundação Amazônia Sustentável, conhecida como FAS, que, em seus 15 anos de atuação, arrecadou mais de R$400 milhões junto com a empresa e junto ao poder público.
_Enquanto isso meu povo empobrece. E aí é que você vai entender. Eu peço que você me entenda, compreenda e me tolere, porque é nisso. Enquanto eles ganham dinheiro, enriquecem à custa da pobreza do meu povo, eu não posso estar toda semana deixando de falar desses hipócritas _ disse Plínio.
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