O procurador-geral da República, Augusto Aras, não vai federalizar as investigações envolvendo o assassinato do dirigente petista Marcelo Arruda, morto por um simpatizante do presidente Jair Bolsonaro no sábado (09), em Foz do Iguaçu (PR).
Aras avalia que faltam duas condições necessárias para federalizar a investigação: não há negligência do investigador atual nem uma questão de direitos humanos envolvida no caso.
A federalização foi pedida pelo PT. Marcelo Arruda era tesoureiro do partido e concorreu a vice-prefeito na eleição de 2020. Arruda morreu após ser alvejado por Jorge José da Rocha Guaranho, policial apoiador de Bolsonaro que invadiu a festa que tinha como tema o PT e a campanha de Lula.
Embora seja contra a federalização da investigação, Aras demonstrou preocupação com o que representa o crime ocorrido no último sábado. A aliados o PGR afirmou que é necessário os partidos políticos se conscientizarem da importância de campanhas de prevenção à violência nas eleições.
Aras é, também, o procurador-geral eleitoral. Há expectativa de que tão logo o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, volte de férias, ambos tracem uma nova linha de atuação, para além do que já é feito pelo MP Eleitoral, para conter avanço da violência política.
Investigações sobre outros assassinatos de grande repercussão, como o da vereadora Marielle Franco e o da missionária Dorothy Stang, também foram alvo de pedidos de federalização por parte da classe política. Ambos os casos, porém, não foram federalizados.
*Com informações do ‘Metrópoles’
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