AMAZONAS-O nível do Rio Negro, em Manaus, continua a diminuir drasticamente nesta seca, alcançando 22,76 metros nesta segunda-feira (19), segundo dados atualizados pelo painel de monitoramento hidrometeorológico da Defesa Civil do Amazonas. Em apenas uma semana, o rio baixou mais de um metro, quando o nível estava em 23,87 metros.
A situação preocupa as autoridades, que preveem que a vazante deste ano possa superar a marca histórica registrada em 2023, quando o rio atingiu 12,70 metros na orla de Manaus. Com a estiagem prolongada, 20 municípios do Amazonas já estão em situação de emergência, impactando a vida de cerca de 111 mil pessoas, o que corresponde a aproximadamente 27 mil famílias.
Diante desse cenário, o Governo do Amazonas tem intensificado as ações para minimizar os efeitos da seca severa. Entre as medidas adotadas estão o envio de cestas básicas, distribuição de água potável e hipoclorito de sódio, além de outras estratégias para garantir o abastecimento e a segurança alimentar das populações afetadas.
A Defesa Civil do Estado continua monitorando a situação de perto, enquanto as previsões indicam que a vazante pode continuar a se agravar nas próximas semanas. A seca prolongada já causa impactos significativos nas comunidades ribeirinhas, na agricultura e no abastecimento de água em diversas regiões do estado.
Seca no Amazonas pode ser mais severa em 2024
O Governo do Amazonas e a Defesa Civil do Estado emitiram um alerta importante: a estiagem deste ano pode ser tão ou mais severa do que a seca histórica de 2023, que afetou significativamente os rios e o abastecimento de água em várias cidades.
O Rio Negro, em Manaus, ainda está subindo e atingiu a cota de 25,7 metros, segundo o último boletim hidrológico da Bacia do Amazonas, realizado pelo Serviço Geológico do Brasil. O pico da enchente é esperado para o mês de junho e deve permanecer dentro da normalidade. No entanto, o período de estiagem traz preocupações sérias.