MANAUS- A partir deste domingo (20), entrou em vigor o novo valor da tarifa do transporte coletivo urbano em Manaus, estabelecido pela Prefeitura por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU). O decreto, publicado no Diário Oficial do Município, nesse sábado (19), fixa o valor cheio da passagem em R$ 6, um reajuste que já provocou repercussão negativa, foi alvo de questionamentos do Ministério Público e chegou a ser suspenso pela Justiça.
Segundo o IMMU, os passageiros que pagam com dinheiro ou utilizam o cartão PassaFácil terão desconto de R$ 1, pagando R$ 5 por viagem. Estudantes sem gratuidade continuam pagando R$ 2,50, desde que apresentem a carteira estudantil válida. Trabalhadores que recebem vale-transporte, no entanto, terão o custo total da tarifa repassado às empresas, com cobrança de R$ 6 por passagem.
Tarifa diferenciada com CadÚnico
O reajuste também prevê a criação de uma tarifa social para beneficiários do Cadastro Único (CadÚnico), que pagarão R$ 4,50 — mas esse valor só entrará em vigor em até 60 dias, prazo necessário para a emissão do novo cartão eletrônico PassaFácil Social. Até lá, esses usuários seguirão pagando R$ 5.
A nova tarifa surge em um cenário de instabilidade no setor: o reajuste foi anunciado dias após uma greve dos rodoviários que paralisou parte do sistema de transporte. A paralisação pressionou a prefeitura por melhorias salariais e operacionais. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) chegou a questionar o aumento, alegando falta de transparência na composição do novo valor e impacto direto sobre a população de baixa renda.
Mesmo assim, a prefeitura manteve o reajuste, justificando a medida como necessária para o “equilíbrio financeiro do sistema”. Para os usuários, no entanto, a mudança representa mais um peso no orçamento diante da qualidade ainda criticada do transporte público em Manaus.