Brasília (DF) – Representantes da Fiocruz se reuniram com a assessoria legislativa do senador Plínio Valério (PSDB-AM), em Brasília, para demonstrar as preocupações com o PL 1459/2002 que altera a Lei dos Agrotóxicos no Brasil e modifica as regras de aprovação e comercialização desses produtos químicos, considerado um dos projetos mais polêmicos que tramitam na Casa.
A proposta foi apresentada em 1999 pelo então senador Blairo Maggi, do Mato Grosso. A iniciativa seguiu para a Câmara dos Deputados onde tramitou durante todo esse período até fevereiro deste ano, quando foi aprovada com mudanças e retornou para o Senado para uma nova análise.
Durante a reunião, os representantes destacaram que a aprovação do PL na Câmara acontece após a liberação de 1750 agrotóxicos pelo governo federal. Além disso, os técnicos também frisaram que muitos produtos tóxicos usados no Brasil são banidos em outros países. “67% do volume de agrotóxicos vendido no Brasil é de produtos reconhecidamente cancerígenos e que causam doenças endócrinas e danos reprodutivos graves”, disse a biomédica Karen Friedrich da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz.
Os representantes entregaram aos assessores do senador publicações contrárias à liberação de agrotóxicos, além de um documento que rebate argumentos favoráveis à aprovação do projeto, mostrando prejuízos ambientais e à saúde.
Além de Karen, o sanitarista Marcílio Medeiros do Núcleo Amazonas do Centro de Estudos Brasileiro em Saúde participou da reunião com os assessores parlamentares Eduardo Brito e Vânia Vieira e a chefe de gabinete do senador Plínio Valério, Gláucia Benevides.
*Com informações da assessoria
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