Ganhadora do prêmio Nobel da Paz, a paquistanesa Malala Yousafzai disse que está “profundamente preocupada com as mulheres afegãs, as minorias e os defensores dos Direitos Humanos”, após a tomada de Cabul pelo Talibã. Pelo Twitter, neste domingo (15/8), a ativista pediu ajuda humanitária para o país. “As potências globais, regionais e locais devem exigir um cessar-fogo imediato, fornecer ajuda humanitária urgente e proteger refugiados e civis”, afirmou.
Em 2012, Malala foi baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola por lutar pelo direito de meninas estudarem no Paquistão. Ela tinha 15 anos. Dois anos depois, a ativista pela educação se tornou a pessoa mais jovem a ganhar um prêmio Nobel da Paz. Hoje, ela vive na Inglaterra onde se formou, na Universidade de Oxford, em filosofia, política e economia, em 2020.
Tomada de Cabul
No domingo (15/8), o palácio presidencial foi tomado pelo Talibã após o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, deixar o país. O grupo volta ao poder 20 anos após terem sido tirados do poder pelos Estados Unidos após o atentado de 11 de setembro.
Na manhã desta segunda-feira (16/8), vídeos publicados nas redes sociais mostram várias pessoas tentando entrar em aviões no aeroporto para sair do país.Tropas americanas chegaram a atiraram para o alto e os voos comerciais foram cancelados. As pessoas temem que o país volte a viver o regime fundamentalista que existia até 2001.