POLÍTICA- Passada a fase de oitiva de lideranças indígenas , autoridades e pesquisadores, a CPI das ONGs passa para a fase de depoimentos de dirigentes de estatais e ministros do governo . Hoje foram aprovados convites para depoimentos de Ana Toni, Secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente prestar informações sobre sua participação no conselho deliberativo da ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Documentos que chegaram á CPI mostram que , além de Ana Toni, sua chefe , a ministra Marina Silva , também acumula o cargo com a função de conselheira do Ipam, que recebeu do Fundo da Amazônia R$23 milhões. O convite a Marina já havia sido aprovado e ela deverá ser uma das próximas depoentes.
Na sessão de hoje também foram aprovados os convites ao ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira para prestar informações de ONGs estrangeiras no território brasileiro, bem como, de entidades governamentais estrangeiras nas áreas de meio ambiente, mudanças do clima e populações indígenas. Aprovado também o convite ao do Banco presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para prestar informações sobre repasses do Fundo Amazônia. Por fim, foi aprovado depoimento do presidente do IBGE, Marcio Pochmann, para explicar a participação do antropólogo da ONG Instituto Socioambiental (ISA), na formulação da alteração do questionário do Censo 2022, cujo resultado duplicou o número de indígenas nos últimos 10 anos, transformando mestiços em índios, para usá-los em novas demarcações de terras no País inteiro.
Na sessão de hoje a depoente Helderli Fideliz Castro de Sá Leão Alves, presidente do Movimento Nação Mestiça, entregou ao presidente da CPI, Plínio Valério (PSDB-AM), a relação de pessoas mestiças transformadas em índios para serem deslocados para cercar regiões com potencial de obras e exploração de minério, como o potássio de Autazes.