No momento em que os brasileiros enfrentam grave crise de aumento dos preços de combustíveis e gás de cozinha, as negociações para a venda da refinaria da Petrobras no Amazonas, no ano passado, serão debatidas e analisadas em audiência pública no Senado Federal a pedido do senador Plínio Valério (PSDB-AM).
O requerimento para a realização da audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) foi encaminhado pelo senador amazonense e aprovado depois de reunião com lideranças de petroleiros. Na reunião Plínio ouviu relatos de supostas irregularidades na venda da refinaria.
A audiência pública foi marcada para o dia 23 de março na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado . Participarão dos debates Marcus Ribeiro, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM); Deyvid Bacelar, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP); Carla Ferreira, pesquisadora do Instituto de Estudos
Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) e Cloviomar Cararini, analista do DIEESE.
Na justificativa do requerimento, Plínio ressalta que a venda da refinaria se configura tema extremamente relevante não apenas para a economia da Amazônia, mas para exame de toda a política de investimentos da Petrobras.
“É hora de lutar com os petroleiros . Minha determinação é sempre estar ao lado da categoria . Se eles acham que a audiência pública é necessária para que a refinaria não seja privatizada, eu estou com eles”, explicou Plínio Valério.
A Refinaria Isaac Sabbá de Manaus (Reman) e o terminal de armazenamento foram vendidos pela Petrobras no ano passado para o grupo Ream/ATEM Participações. A Reman tem uma capacidade de processamento de 46 mil barris de petróleo por dia e produz GLP, nafta, gasolina, querosene de aviação, gasoil, óleo para turbinas elétricas, óleo para geração de energia e asfalto, entre outros produtos que distribui nos estados do Pará, Amapá, Rondônia, Acre, Roraima e Amazonas.