POLÍTICA – A constatação é do ex-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI) , ex-professor de economia da Universidade de Princeton e atual professor em Harvard , o economista Kenneth Rogoff em entrevista esse final de semana ao Jornal O Estado de São Paulo. Ao criticar políticas ultrapassadas da equipe econômica do Lula 3, Rogoff citou especificamente a lei de autonomia do Banco Central , de autoria de Plínio Valério e bombardeada por lideranças petistas como a deputada Gleisi Hoffman (PR), como o único avanço importante para a economia nesse governo.
Como a lei impede a troca do presidente e diretores do BC no meio dos mandatos presidenciais para evitar interferência política na condução da política monetária, o ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto, graças a autonomia legal, segurou com pulso de ferro as investidas do governo para baixar os juros na marra, o que teria levado á explosão da inflação em um quadro de gastança e completo descontrole fiscal.
Na entrevista ao jornalista Ricardo Leopoldo, no Estadão, Kenneth Rogoff disse : “O Brasil fez um trabalho maravilhoso ao avançar a participação da dívida interna em relação a toda a dívida pública, ao determinar a independência do Banco Central. Mas há limites (fiscais).
Ou haverá juros mais altos, ou maior inflação, ou ambos”.
Agora, graças a Lei de autonomia do BC, mesmo com a saída de Campos Neto e a entrada de Galipolo no comando do banco, Lula não poderá interferir na política monetária ou reduzir os juros na canetada para fazer política eleitoreira e estourar a inflação. E para o senador Plínio, não há clima para mudança da lei, que veio para ficar. Agora, em 2025, ele espera completar a independência do BC com a aprovação da PEC que dá autonomia orçamentária ao Banco. Ele é o relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça e já costurou seu relatório ouvindo todos os setores do BC e do governo.
_ A Lei foi parida no Senado, aprovada na Câmara Federal e promulgada pelo Congresso Nacional e não vai ser mexida.
Ainda bem que esse Senado aprovou essa autonomia do Banco Central, que tem sido a redenção da Economia, um marco da segurança jurídica contra o intervencionismo do governo de plantão que poderia ter feito explodir a inflação com a redução dos juros na canetada para fins eleitoreiros, uma conquista institucional comemorada por organismos internacionais como o FMI como a única reforma importante em vigor no governo Lula, implementada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Uma lei que é um divisor de águas entre o antes e o depois. Os especialistas em economia dentro e fora do Brasil louvam sempre a autonomia do Banco Central implementada na gestão do presidente Roberto Campos Neto com precisão para evitar o estouro da boiada _ avaliou Plínio Valério.