SAÚDE- Na última década, a cobertura vacinal dos brasileiros caiu de 71,94% (em 2012) para 67,93% (em 2022). Os dados são do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). De acordo com especialistas da área, o ideal seria 90% de cobertura, percentual que o país não atinge desde 2015. Demonstrar a importância da vacinação e a segurança dos imunizantes, contribuindo para a melhora desses índices, é o principal objetivo do Dia Nacional da Imunização, celebrado no dia 9 de junho.
O primeiro registro consolidado do surgimento das vacinas data do século XVIII, quando a varíola, uma doença infectocontagiosa grave que causa manchas e feridas na pele, e que pode inclusive matar o doente, assolava o mundo. Em 1796, o médico francês Edward Jenner injetou uma pequena dose de pus da varíola bovina em uma criança, fazendo com que o paciente manifestasse um quadro leve da doença.
Em seguida, o médico injetou uma amostra de varíola humana, mas o menino já havia adquirido anticorpos e não ficou doente. Com o tempo, a tecnologia foi se aperfeiçoando e as vacinas alcançaram níveis elevados de segurança. Atualmente, são responsáveis por salvar cerca de 3,5 a 5 milhões de vidas por ano em todo o planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O infectologista e consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Marcelo Cordeiro, explica como funciona o licenciamento dos imunizantes e como eles agem no organismo.
O especialista também destaca que as vacinas passam por um processo rigoroso de desenvolvimento, testes e monitoramento contínuo. No Brasil, por exemplo, todos os imunizantes utilizados no país, seja na rede pública ou privada, são avaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e monitorados constantemente.
“Antes de uma vacina ser aprovada, passa por vários protocolos de pesquisa (ensaios clínicos), com controles rigorosos em diferentes fases. Esses ensaios envolvem milhares de participantes e são projetados para avaliar a segurança e eficácia da vacina. Nesse processo, os pesquisadores monitoram de perto os participantes em relação a quaisquer efeitos colaterais ou reações adversas. Somente se uma vacina for considerada segura e eficaz, ela poderá avançar para a aprovação regulatória”, comenta o infectologista.
“As vacinas são desenvolvidas para estimular o sistema imunológico a reconhecer e combater microrganismos causadores de doenças específicas, como os vírus ou bactérias. Ao contrário dos medicamentos, que geralmente atuam diretamente no organismo para tratar sintomas ou combater infecções, as vacinas estimulam o sistema imunológico para prevenir o adoecimento por um patógeno específico, caso a pessoa seja exposta a ele posteriormente”, afirma.
Disponibilidade
O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro disponibiliza 18 vacinas que contribuem para a prevenção de doenças como poliomielite, sarampo, rubéola e caxumba. Já a rede privada fortalece a disponibilidade de imunizantes ao oferecer outras vacinas que não estão disponíveis na rede pública, como para dengue e febre tifoide.
Outro benefício é a flexibilidade de horário e até de local, como explica a enfermeira Gueine Araújo, responsável pelo serviço de vacinas do Sabin em Manaus. “O paciente pode comprar o imunizante diretamente na nossa unidade, por ordem de chegada, ou pelo nosso site e só apresentar o comprovante. Também fazemos a vacinação em domicílio ou no trabalho, bastando agendar previamente”, comenta.
Segundo ela, o Sabin possui 20 vacinas disponíveis no catálogo, sendo que as mais procuradas são para o primeiro ano de vida, que previnem contra difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, meningite e outras doenças. O serviço de vacina do Sabin está disponível em Manaus na unidade Vieiralves – rua Rio Itannana, n. º 110, Nossa Senhora das Graças.