Ao reafirmar hoje sua pré-candidatura ao governo do Amazonas, o senador Plínio Valério (PSDB-AM), discorreu sobre suas prioridades colocando a saúde no topo da lista. Em entrevista ao jornalista Alex Braga, no comando do programa Fiscaliza Geral, Plínio foi questionado sobre a dificuldade de se combater a corrupção na saúde do Estado, já que os mesmos empresários presos em operações sobre o desvio de milhões, em governos passados, foram liberados pela Justiça e hoje continuam como fornecedores e figurantes em novos escândalos de corrupção no atual governo. O pré-candidato anunciou, então, que irá propor um pacto entre a gestão estadual e a Justiça para que o crime organizado que atual na Saúde no Amazonas possa ser asfixiado.
Além do pacto entre as instituições, Plínio explica que a chave para resolver os problemas que se perpetuam por décadas na saúde do Amazonas, é nomear uma equipe de especialistas para gerir de forma eficiente os recursos que são bastante volumosos. Ele diz que seu propósito é levar dignidade á população doente nos hospitais, levar remédio para quem precisa, dar atenção especial com a construção de um hospital do idoso, e a criação de um departamento para atender sequelados do Covid. O pré-candidato defende que seja considerado crime hediondo a prática de crime com recursos da saúde.
“Desviou dinheiro da saúde não tem conversa. Tem que haver uma parceria do poder público com a Justiça, com a Igreja. O Judiciário (que não pune os corruptos e habilita a novos contratos) também tem o seu lado bandido. Se trabalharmos em conjunto com a Polícia Civil, Ministério Público, Judiciário, Igreja, pode dar certo. Mas todos tem que se despir de vaidades. Eu pretendo propor esse pacto social”, anunciou o pré-candidato do PSDB.
O jornalista Alex Braga também questionou Plínio sobre soluções para a grave crise de segurança pública, com as facções criminosas sitiando bairros e espalhando o terror na população de Manaus. O pré-candidato disse que é preciso contratar os melhores especialistas em segurança pública e buscar a cooperação de gestores de países vizinhos do Amazonas, portal de entrada de droga e armas para abastecer o crime organizado no estado.
“A solução é cooperação internacional com países vizinhos. Não tem varinha de condão para resolver o problema. Especialistas tem dizer o que fazer. Esse é um problema de gestão. Tem que dar condições de trabalho para a polícia e ter a presença do poder público ( nas fronteiras). Impedir que a droga chegue aqui. Esse é um problema internacional e brasileiro. A gente gente vive num estado de sítio. Quem tem que estar preso é o bandido, não o cidadão”, defendeu Plínio.
Ao falar das amarras ambientais que impedem a execução do plano de recuperação da BR-319, Plínio explicou que o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas apresentou um projeto de proteção ambiental exemplar, procurou atender todas as exigências para a concessão da licença do Ibama, mas que o Ministério Público do Amazonas não deixa as obras serem executadas como planejado.
“Nosso maior inimigo hoje no Amazonas chama-se Ministério Público”, protestou.
Ele também reconheceu que o Amazonas é escravo da Zona Franca de Manaus, que vai acabar morrendo porque nenhum projeto de modernização e ampliação das matrizes foi priorizado pelos últimos governos.