Rio de Janeiro (RJ) – Morreu, nesta terça-feira (19), a ex-advogada Jorgina Maria de Freitas, 71 anos. Ela estava internada no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio, desde dezembro, quando sofreu um acidente de carro.
Jorgina ficou presa por 12 anos, acusada de ter feito parte de uma quadrilha responsável pela maior fraude na Previdência Social da história do país, avaliada em mais de R$ 2 bilhões. A fraude foi descoberta na década de 1990 e ficou conhecida como a máfia da previdência.
Condenada a 14 anos de prisão em 1992, Jorgina fugiu para o exterior, mas foi encontrada em 1997, na Costa Rica, extraditada e presa no ano seguinte. Ela teve o registro profissional cassado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 2001. Acabou solta em 2010 após ter a pena considerada extinta.
O grupo de fraudadores contava com 25 pessoas, entre juiz, advogados, procuradores do INSS e contador. Jorgina, com outros advogados, entrava na Justiça com pedidos de ações indenizatórias em nome de trabalhadores humildes que tinham sofrido acidentes de trabalho.
Um contador da quadrilha aplicava correções, o que transformava pequenas quantias em altos valores. Os procuradores do INSS recomendavam os pagamentos, e o juiz Nestor do Nascimento determinava a quitação em 24 horas.
Internação após acidente
Segundo a prefeitura de Duque de Caxias, Jorgina foi internada em 13 de dezembro do ano passado após o acidente de carro. Ele apresentava um quadro de traumatismo craniano grave. “A direção do hospital relata que durante o período de internação na unidade, a paciente se manteve em estado grave de saúde, traqueostomizada e com pouca resposta a estímulos sensitivos”, informou o município.
“Na terça-feira (19), Jorgina apresentou hipotensão e bradicardia, evoluindo para PCR (Parada Cardiorrespiratória), tendo sido realizado todos os procedimentos, protocolos e medicações, porém sem sucesso, sendo constatado o óbito às 13h30 do mesmo dia. O corpo foi encaminhado para o IML, por se tratar de vítima de acidente de trânsito”.
*Com informações do ‘Metrópoles’
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