O Brasil registrou a primeira morte por varíola dos macacos. O óbito de um paciente adulto em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi confirmado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (29).
Essa é a primeira morte registrada fora da África. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, de janeiro até o dia 22 de julho, cinco mortes foram registradas no mundo por varíola dos macacos, todas no continente africano, sendo três vítimas na Nigéria e duas na República Centro-Africana.
Na quinta-feira (28), o Ministério da Saúde passou a usar o termo “surto” ao divulgar informações relativas aos casos da doença no país.
No Amazonas, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES) confirmou o primeiro caso, na última quarta-feira (27). O paciente é um homem que mora em Manaus e esteve em Portugal. Ele apresentou sintomas no dia 7 de julho, como febre, aumento dos linfonodos do pescoço, dor de cabeça, sensação de fraqueza e falta de energia, dor muscular e, posteriormente, erupção cutânea sugestivas de monkeypox.
O paciente estava em Portugal e procurou atendimento no serviço de saúde local, recebendo medicação de acordo com as queixas. Por não ter apresentado melhora, o homem, ao chegar a Manaus, compareceu à Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), onde, após avaliação de equipe médica, foi notificado como suspeita de monkeypox.
Conforme a secretaria de saúde, o paciente encontra-se estável, se recuperando em domicílio e em isolamento. A investigação domiciliar acerca do caso segue, pelo CIEVS Manaus, da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus.
Por protocolo nacional, uma segunda amostra foi encaminhada ao Lacen da Fundação Ezequiel Dias (Lacen/Funed), em Minas Gerais, e a FVS-RCP aguarda resultado do exame desta segunda amostra.
Os sintomas incluem bolhas no rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais, febre, linfonodos inchados, dores de cabeça e musculares e falta de energia.
*Com informações do Em Tempo
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