AMAZONAS-O câncer cervical, também conhecido como câncer do colo do útero, posiciona-se como a terceira maior causa de mortes prematuras entre mulheres no país. No Amazonas, estima-se que até 2026 serão registrados 1,8 mil novos casos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
A nível nacional, o Inca projeta 51 mil novos casos da doença no mesmo período. A implementação de medidas de controle, bem como programas de vacinação e rastreamento, é vista como uma estratégia fundamental para mitigar a incidência do câncer do colo do útero.
De acordo com a ginecologista da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon), Mônica Bandeira, o câncer cervical pode ser completamente evitado com diagnóstico precoce.
“Identificar lesões precursoras garante a não evolução para o câncer. Além disso, a Organização Mundial da Saúde estima que seria possível reduzir entre 60% e 90% das ocorrências aumentando o rastreamento da população feminina para, ao menos, 80% das mulheres. Por ser uma infecção sexualmente transmissível, o uso da camisinha nas relações sexuais é um importante método de prevenção. Adicionalmente, a vacina contra o HPV é ofertada gratuitamente pelo SUS, o que garante maior proteção”, destaca a médica.
O que é o câncer cervical?
O câncer cervical, também conhecido como câncer do colo do útero, resulta da persistente infecção por certos tipos do Papilomavírus Humano (HPV), um vírus transmitido sexualmente e amplamente frequente na população.
O uso de preservativos pode ajudar a prevenir a transmissão do vírus. Embora a infecção geralmente seja assintomática, em alguns casos, leva a alterações celulares que, ao longo do tempo, podem desenvolver-se em câncer cervical.
Sinais e sintomas
Inicialmente, o câncer cervical muitas vezes não apresenta sintomas perceptíveis, devido à sua progressão gradual. Por outro lado, à medida que a condição avança, os sintomas frequentes podem incluir:
Dor e desconforto durante a relação sexual;
Sangramento após a menopausa;
Secreção vaginal anormal;
Menstruações mais prolongadas que o habitual;
Dor abdominal;
Presença de sangue na urina; e
Incontinência urinária.