ECONOMIA – O Brasil alcançou a menor taxa de desemprego desde 2012, com 6,2% no trimestre encerrado em outubro, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (29).
Este é o menor índice desde o início da série histórica da pesquisa, que começou em 2012. No trimestre anterior, a taxa era de 6,8%, e no mesmo período de 2023, de 7,6%.
O número de pessoas desocupadas caiu para 6,8 milhões, o menor desde o trimestre encerrado em 2014.
Houve uma redução de 8% em relação ao trimestre anterior e de 17,2% em comparação ao mesmo período de 2023.
Essa queda no desemprego reflete uma melhora significativa nas condições do mercado de trabalho no país.
Com isso, a população ocupada atingiu 103,6 milhões, um recorde histórico. Esse aumento foi de 1,5% em relação ao trimestre anterior e de 3,4% na comparação com o ano passado.
Além disso, o Brasil atingiu um recorde na taxa de ocupação, com 58,7% das pessoas em idade de trabalhar empregadas.
Rendimento médio e informalidade no mercado de trabalho
O rendimento real habitual do trabalhador foi de R$ 3.255, com estabilidade em relação ao trimestre anterior e um crescimento de 3,9% em comparação a outubro de 2023.
A massa de rendimento real habitual também cresceu, alcançando R$ 332,6 bilhões, um aumento de 2,4% no trimestre e de 7,7% no ano.
Por outro lado, a taxa de informalidade no mercado de trabalho permanece alta. O Brasil tem 40,3 milhões de trabalhadores informais, o que representa 38,9% da população ocupada.
Esse índice é ligeiramente superior ao do trimestre anterior, quando foi de 38,7%, mas está abaixo dos 39,1% registrados no mesmo período de 2023.
Aumento de empregos com e sem carteira assinada no setor privado
O número de trabalhadores com carteira assinada atingiu 39 milhões, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 3,7% em comparação com 2023.
Já o número de empregados sem carteira assinada chegou a 14,4 milhões, um crescimento de 3,7% no trimestre e de 8,4% no ano.
Esses números indicam uma recuperação gradual no mercado de trabalho, especialmente em setores como indústria, construção e serviços, que puxaram o aumento na população ocupada.
Contudo, o Brasil ainda enfrenta desafios, com 17,8 milhões de pessoas subutilizadas e 3 milhões de desalentados — aqueles que não procuram mais emprego por falta de perspectivas.