O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar, neste sábado (3/9), a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou quebra de sigilo bancário e bloqueio de contas de empresários apoiadores do seu governo acusados de defenderem um golpe de Estado, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições.
Em evento voltado ao público feminino, em Novo Hamburgo (RS), o presidente afirmou que “os empresários estavam privadamente discutindo um assunto”.
“Não interessa qual é o assunto. Eu posso muito bem pegar meia dúzia aqui e falar em um canto o que bem entender. Não é porque tem um vagabundo ouvindo atrás da árvore a nossa conversa, que vai querer roubar a nossa liberdade”, disse o mandatário do país.
“Agora, mais vagabundo do que quem está ouvindo a conversa, é quem dá a canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”, emendou o chefe do Executivo, sem citar o nome de Moraes.
Depois, Bolsonaro voltou a dizer que quer “eleições transparentes” e rechaçou as críticas pelos ataques à lisura do sistema eleitoral brasileiro: “Defendemos a Constituição e nunca saímos das quatro linhas”, enfatizou.
Também esteve na pauta do discurso do candidato à reeleição as recentes decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proibiu o porte de armas e limitou o uso de celulares durante as votações. Para Bolsonaro, as medidas adotadas pela Corte são “absurdas”.
Estratégia de campanha
As falas de Bolsonaro ocorreram durante participação do presidente e candidato à reeleição em evento voltado para mulheres conservadoras e organizado pela bancada feminina do PL gaúcho.
Uma das organizadoras do ato, intitulado “Mulheres pela vida e pela família”, é a esposa do ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL), Denise Lorenzoni. O ex-deputado federal também espera que a presença do presidente no ato possa o projetar nas pesquisas de intenção de voto para o governo do estado.
Além do casal, Bolsonaro esteve acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro e da ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos), que mira uma vaga no Senado pelo Distrito Federal.
A ida do presidente ao evento é uma estratégia da campanha do bolsonarista para demover a rejeição do presidente junto às eleitoras mulheres.
*Com informações do ‘Metrópoles’
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