BRASIL-A Amazônia obteve a menor derrubada dos últimos seis anos, conforme a Imazon. A floresta registrou, em janeiro de 2024, o décimo mês consecutivo de redução do desmatamento.
Conforme o monitoramento por imagens de satélite do Imazon, a destruição da floresta passou de 198 km² em janeiro de 2023 para 70 km² no mesmo período em 2024.
Roraima foi o estado com maior devastação em janeiro, representando 40% da área derrubada em toda Amazônia Legal. Mato Grosso (24%) e Pará (18%) ficaram em segundo e em terceiro lugar, respectivamente.
Segundo a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim, a liderança de Roraima no ranking de janeiro provavelmente ocorreu pelo fato do regime de chuvas no estado funcionar de forma “inversa” aos outros oito que compõem a região.
“Enquanto os outros passam por um período de chuvas, Roraima está com o clima mais seco, o que facilita a prática do desmatamento, assim como a detecção da destruição pelos satélites”, explica.
Estados que mais desmataram em janeiro de 2024 e variação em relação a janeiro de 2023:
Posição | Estado | Janeiro de 2023 (km²) | Janeiro de 2024 (km²) | Variação |
1 | Roraima | 41 | 32 | -22% |
2 | Mato Grosso | 85 | 19 | -78% |
3 | Pará | 23 | 14 | -39% |
4 | Rondônia | 18 | 6 | -67% |
5 | Amazonas | 21 | 5 | -76% |
6 | Maranhão | 5 | 3 | -40% |
– | Acre | 3 | – | – |
– | Amapá | 1 | – | – |
– | Tocantins | 1 | – | – |
Apesar da queda, a destruição detectada na Amazônia em janeiro equivale à perda de mais de 250 campos de futebol por dia de floresta e foi maior do que as registradas no mesmo mês de anos como 2016, 2017 e 2018, por exemplo.
“Para reduzir ainda mais a derrubada e chegarmos à meta de desmatamento zero em 2030, que é prioritária para o Brasil reduzir suas emissões de gases do efeito estufa, é essencial continuar investindo em fiscalização e fortalecimento dos órgãos ambientais e fazer a destinação de florestas públicas para criação de novas áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação”, afirma Larissa.