POLÍTICA- Numa sessão tumultuada, marcada por provocações aos senadores que a questionaram sobre sua política ambiental que atravanca 5 mil obras em todo País e isolam estados da região amazônica, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva arrumou um pretexto para abandonar a audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado e fugir da inquirição do senador Plínio Valério (PSDB-AM) .
Muito irritada, depois de bater boca com vários senadores, com companheiros de Governo como Omar Aziz (PSD-AM) e acusar o presidente da Comissão, Marcos Rogério (UB-RO) de apoiador de ditador, ao ver que o senador Plínio era o próximo a lhe perguntar sobre a BR-319, Marina não deixou que ele concluísse sua inquirição e abandonou a audiência e foi se reunir com o presidente da Câmara, Hugo Mota, para pedir que não paute o projeto do novo marco de licenciamento ambiental, o que não é de sua alçada.
Quando Plínio iria fazer sua pergunta, ele explicou que iria fazer a separação da Marina mulher, para a Marina ministra, que ele não respeita porque ela não respeita o Povo do Amazonas, seu estado. Mas ela não deixou que ele completasse a sua explicação sobre essa diferenciação. Exigiu que ele pedisse desculpa, pois, do contrario iria se retirar. Plínio disse que não pediria desculpa e que precisava explicar sua fala, mas ela começou a gritar que o senador queria enforca-la e saiu da sessão.
_ Eu ia perguntar a ela o seguinte. Ia pegar a fala dela dizendo que as pessoas mudam e se ela tinha mudado. Na CPI das ONGs ela disse que não ia permitir a BR 319 para as pessoas passearem . Eu queria saber se ela mantinha essa opinião depois do que eu ia expor: a Zona Franca de Manaus faturou ano passado 127 bilhões, sendo 85 bilhões de mercadorias importadas principalmente da Ásia, e 41 bilhões de compra no Brasil, que chegam a Manaus por via aérea ou fluvial. Imaginem a economia se tivéssemos a 319 asfaltada, ia chegar tudo muito mais barato. Economicamente a senhora acha que 41 bilhões não justificam a liberação da estrada? Era isso que eu ia perguntar, mas ela fugiu de propósito, não deu _ explicou Plínio Valério.
Em vários momentos Marina gritou com o presidente Marcos Rogério, as vezes colocando o dedo em riste em sua direção e alterando a voz. De nada adiantou o presidente pedir que todos se respeitassem. Mais cedo Marina já tinha dito que iria sair mais cedo. Aproveitou a fala de Plínio para sair sem deixa-lo fazer sua pergunta.
Ao site BnC Marina Silva reconheceu que foi na condição de ministra que que tinha sido convidada. O que explica justamente o que Plínio quis diferenciar: respeitava a mulher, não a ministra , que tanto mal tem provocado ao País.
_ Porque a mulher merece respeito, a ministra não. Por isso que eu quero separar _ disse Plínio, enfurecendo Marina que usou o pretexto para fugir