O Monte Roraima é um monte localizado na América do Sul, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, mais precisamente na serra de Pacaraíma, região do Planalto das Guianas, coberto pela Gran Sabana. O lugar constitui um “tepui”, um tipo de monte em formato de mesa bastante característico daquela região.
Para conhecer o Monte Roraima, o turista deve procurar agências de turismo que fazem expedições frequentes com destino ao lugar. Em Boa Vista, capital do estado de Roraima (RR), há diversas agências com esse tipo de serviço. Mas quem preferir ir direto para a Venezuela em busca da expedição, em Santa Helena de Uairen, no estado de Bolivar, no sul da Venezuela, que faz fronteira com a cidade de Pacaraima (RR), cerca de 200 quilômetros de Boa Vista, também encontra agências que oferecem o passeio turístico.
Os pacotes variam de sete a dez dias de expedição e custam em média R$ 2,5 mil, por pessoa. Estão inclusos no pacote o transporte, alimentação, guias e ajudantes que levam os mantimentos e acomodações. Geralmente são três dias até chegar ao topo do monte, onde é montado o acampamento, chamado pelos guias de hotel.
A aventura começa na Reserva Nacional de Canayma, na comunidade indígena de Paratepuy. Os aventureiros seguem rumo a primeira parada, no Rio Tek. São cerca de quatro horas de caminhada, com uma inclinação moderada.
No segundo dia de caminhada, são 10 quilômetros com a inclinação um pouco mais acentuada. A primeira parada é no Rio Kukenã, onde é feita uma refeição, depois o trekking vai até a base do monte.
O terceiro e último dia de subida, o trekking é bem mais difícil, além da inclinação, que aumenta consideravelmente, tem o “Passeio das Lágrimas”, uma estreita faixa de pedra, que tem duas quedas d’água, que dificulta a travessia.
Já no topo do monte, têm os percursos que levam as formações mais famosas do local e, para variar, tem que caminhar horas até chegar nos destinos. Dentre os lugares mais famosos tem a Tríplice Fronteira, a La Ventana, as Jacuzis, os Vales de Cristais, a elevação Maverick, a Fenda, entre outros.
A alimentação oferecida durante o passeio tem como base o carboidrato, justamente para dar energia aos aventureiros. A gastronomia venezuelana é bem percebida, especialmente no café da manhã, com pães e bolinhos à base de farinha de milho.
Apesar do difícil trajeto, a paisagem em todo o percurso é exuberante, o clima agradável e as águas puras dos riachos são extremamente geladas. No topo, as formações rochosas são cinematográficas, a impressão é que estamos em outro planeta. Para quem busca desafio, meditação e paz interior, esse destino sem dúvida é a melhor opção.
Uma última informação: Além da relação de equipamentos e acessórios pessoais pedido pela agência, é prudente levar remédios, como analgésicos e relaxantes musculares. Acreditem, vocês vão precisar.
Fotos: Ribamar Xavier