O senador Plínio Valério (PSDB-AM) usou as redes sociais para condenar a cobrança de bandeiras tarifárias de escassez hídrica nas tarifas de energia durante o período chuvoso no Amazonas. O parlamentar disse que essa distorção que massacra os amazonenses precisa ser corrigida. “A maior parte da população do Amazonas está pagando uma sobretaxa na conta de energia elétrica por conta da bandeira tarifária relativa à escassez hídrica”, disse.
Na avaliação de Plínio Valério, essa cobrança além de injusta é cruel, uma vez que as fortes chuvas afetam quase todo o território nacional. “Imagine-se a população da Bahia ou de Minas Gerais, que estão embaixo d’água, pagando pela escassez hídrica. Chega a ser ridículo, se não fosse cruel. O princípio vale também para a Amazônia. Os reservatórios estão cheios, é chuva a toda hora. E rios como o Tapajós estão com as águas dois ou três metros acima de sua vazão máxima, inundando as áreas ribeirinhas e transformando as populações próximas em flagelados. O resultado é que a população sofre com as inundações e ainda tem de pagar uma sobretaxa abusiva por conta da escassez hídrica. Isso tem de acabar de imediato”, afirmou o senador amazonense.
A tarifa começou a ser cobrada no fim de agosto do ano passado, por determinação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética. Na época, o Brasil passava por uma outra situação, onde a falta de chuvas afetou de forma significativa os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste. “Isso significa um desembolso de nada menos do que R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora consumido”, afirmou Plínio.
Energia Solar e Eólica
Em seu mandato, o senador amazonense tem defendido fontes alternativas de energia para diminuir o preço da energia no bolso dos cidadãos. No ano passado, foi aprovado pelo Senado Federal e remetido à Câmara dos Deputados um projeto de autoria do senador Plínio Valério (PL 3386/2021) que institui o Programa de Incentivo ao Desenvolvimento da Energia Eólica e da Solar Fotovoltaica (Pides). A iniciativa prevê financiamento via BNDES para instalação desse tipo de energia.