POLÍTICA-Reserva do mercado de exportação do potássio no Canadá condena população da Amazônia á pobreza extrema e encarece os custos de produção agrícola no Brasil. Em discurso hoje na tribuna, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) relatou que cerca de 600 mil pessoas de origem indígena no Canadá são responsáveis pela produção do potássio exportado por aquele País para o Brasil, mas organizações estatais e ambientalistas canadenses despejam dinheiro em ONGs para que usem justamente indígenas brasileiros para boicotar a exploração das grandes jazidas de potássio no Amazonas. Há anos ONGs, com a ajuda do Ministério Público, impedem a exploração do Potássio em Autazes, sob alegação de que impactaria terras indígenas ainda não demarcadas. Esse boicote gera perdas enormes com a importação de insumos na agricultura brasileira, setor que tem puxado para cima o Produto Interno Bruto (PIB).
Tendo o Canadá como maior exportador , as importações de adubos e fertilizantes em 2021 bateram recordes, ultrapassando de longe o recorde anterior, de 2011. Em 2021, o Brasil desembolsou em valores US$15,136 bilhões na compra do produto, acréscimo de 89% se for comparado ao ano de 2020. Em 2022, chegamos a US$24,7 bilhões destinados à compra de adubos e fertilizantes químicos, representando um acréscimo de 78,3% . Sem poder explorar sua riqueza em função da ação perversa das ONGs financiadas pelo Canadá e outros países europeus como a Noruega, o Brasil importa 86% dos adubos e fertilizantes que consome.
_ As mais de 600 mil pessoas de origem indígena que ocupam áreas ricas em potássio no Canadá é que mandam o potássio para o Brasil, e aqui os nossos indígenas não podem fazer absolutamente nada. Aqui o índio, que dizem defender, que dizem proteger, não pode fazer nada. Balela, índio não é dono de sua terra, como dizem esses imbecis, esses hipócritas. Os índios não podem plantar, não podem colher, não têm documento para conseguir financiamento, não têm absolutamente nada a não ser a mácula, a infelicidade de serem usados por esses hipócritas como instrumento de arrecadação de dinheiro _ protestou Plínio.
Ações judiciais impedem há nove anos que os amazonenses usufruam da riqueza do potássio da região de Autazes A alegação principal nessas ações, acolhendo a tese de militantes ambientalistas, é que a exploração do potássio prejudica populações indígenas brasileiras. O potássio de Autazes não está nem nunca esteve em terras indígenas .
_ A população indígena da região vive hoje em condições discutíveis, pobres mesmo, com os problemas de sempre, inclusive alcoolismo, principalmente pobreza, quando poderia estar fazendo o que, a propósito, constitui reivindicação da maioria. Em muitas aldeias que visito, para onde a gente vai levar Starlink, vai levar barco, vai levar implemento agrícola quando eles têm algumas pouquíssimas atividades como a extração da castanha, por três meses: colheita e venda. Ficam nove meses sem fazer absolutamente nada _ relatou Plínio.
O potássio hoje comprado dos indígenas do Canadá viaja por aproximadamente 107 dias para chegar nas fazendas do Brasil. Caso se utilize o potássio nacional o potássio viajará cinco dias da mina à porta da fazenda, e não mais 107 dias.