POLÍTICA – Ao participar hoje de sessão em homenagem aos 56 anos de criação da Zona Franca de Manaus , o senador Plínio Valério ( PSDB-AM), diz que quem quer acabar com a ZFM está condenando o povo que mora na Amazônia á miséria. Plínio reclamou que nenhum governo que reclama dos subsídios ao programa que garante 98.19% de cobertura natural das florestas apresentou até hoje um plano alternativo para gerar os quase 100 mil empregos do Polo Industrial de Manaus (PIN).
Quanto vale preservar uma floresta como a nossa? Quem me ouve nesse momento e os que nos criticam, saibam que vocês são nossos devedores. Nós somos os credores de vocês, porque sem nós essa floresta não estava preservada. Vocês é que tem que nos pedir, não mandar, porque não estamos aqui para obedecer , não estamos aqui para pedir esmolas. Sempre pedimos Justiça, Justiça para que possamos ter o que os outros tem direito: comida, emprego, renda, dignidade acima de tudo. Dignidade que nós queremos e vamos lutar por ela _ discursou Plínio, avisando que enquanto não tiver um plano de desenvolvimento que substitua a ZFM vai continuar defendendo o programa que tem previsão constitucional e seus empregos numa região lotada de amarras ambientais.
Plínio lembrou que está comprovado que a ZFM garante a preservação das florestas, e que apenas 1.81% da cobertura natural no Amazonas vem sendo usada de diversas formas, ao contrário do vizinho Pará, que tem indústrias e agropecuária e uma taxa de desmatamento imensamente maior que o Amazonas. E não há, ainda, resposta sobre até quando o Amazonas será refém da ZFM.
Não queremos a obrigação de defender a cada momento a Zona franca, até porque reconhecemos que sua estrutura jurídica e econômica precisa mesmo ser modernizada, com novas matrizes de projetos sustentáveis. Entretanto, existem condições para isso _ defendeu Plínio, explicando que o ponto fundamental é a preservação da floresta, que se confunde com a preservação da Amazônia e de sua gente.
Sem um programa que substitua, alertou, milhares de trabalhadores serão forçados a buscar o sustento no garimpo ilegal, no desmatamento e na exploração da área coberta pela floresta.