Brasília (DF) – Após reunião, na manhã desta segunda-feira (19), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) e outros senadores se revezaram na tribuna do Senado para denunciar desmandos de ministros do Supremo Tribunal Federal (TSE) que continuam prendendo , censurando e bloqueando contas de simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro em todo País, sem crime previsto em lei, e ,em contrapartida, liberando criminosos confessos condenados a mais de 400 anos de prisão por roubo de dinheiro público, como o ex-governador Sérgio Cabral.
“Eu pertenço a uma terra onde o Cabral é solto e o índio é preso . Um país em que o cidadão de bem é preso sob acusação de demonizar o Supremo. Isso não encontra amparo legal, não existe na lei isso, demonizar o Supremo. Prende índio, solta bandido, bota tornozeleira, manda prender deputado, manda bloquear salário, dinheiro, manda bloquear conta”, protestou Plínio.
Os senadores reagiram fortemente ao ante projeto elaborado por juristas sob o comando do ministro Ricardo Lewandoviski, que muda a lei do impeachment para blindar seus pares e impedir que sejam responsabilizados por crimes previstos na lei atual e agora suprimidos da proposta que será adotada pela Mesa do Senado para tramitar na Casa.
“Ou seja, o ministro pode ser preguiçoso, indolente, negligente, incauto, mas não merece ser impichado. Olha o que diz a terceira ideia deles: “Magistrados deixam de ser punidos por crime de responsabilidade por interpretação da Constituição e suas decisões”. Eles vão interpretar da forma que querem e não são passiveis de nada”, reagiu Plínio, pedindo aos colegas que analisem com muito cuidado o projeto.
“Eu quero fazer um desabafo, Presidente. Aqui é o Senado da República, não é a casa da Noca. E esse pessoal está nos desrespeitando quando acha que nós vamos blindar Ministro do Supremo e permitir que um Ministro mentiroso, preguiçoso e incauto não possa ser impeachmado. Isso aqui é blindagem pura, Presidente, blindagem pura. Então, com um país em que um Ministro manda prender índio e que o outro manda soltar o Cabral, eu estou altamente decepcionado”, completou.
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*Com informações da assessoria