Mesmo após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) na terça-feira (1º/11), o país tem 156 ocorrências em rodovias federais nesta manhã (2/11), feriado de Finados. São 110 interdições e 46 bloqueios.
Apesar de não motivar o fim dos atos, o discurso de Bolsonaro — no qual o mandatário desaprovou as ações — fez com que o movimento perdesse força. As obstruções, organizadas por apoiadores do presidente, ocorrem em estradas de 15 estados.
No início desta manhã, 17 unidades federativas contavam com 167 pontos de obstruções. Os movimentos foram finalizados em dois estados após atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas últimas horas. De acordo com a corporação, 601 manifestações já foram desfeitas desde segunda-feira (31/10).
Os estados com maior número de ocorrências são Santa Catarina (35 bloqueios), Mato Grosso (30 interdições), Pará (17 interdições), Rondônia (13 interdições) e Minas Gerais (12 interdições e um bloqueio).
Na noite de terça (1º/11), a PRF pediu o apoio da Força Nacional de Segurança e solicitou aeronaves da Polícia Federal para conter o avanço dos manifestantes e garantir a liberação das rodovias federais bloqueadas.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, também tuitou falando das ações de desinterdição da PRF nas rodovias federais. E afirmou que foram feitos 544 desbloqueios entre as 18h de domingo (30/10) e as 7h desta quarta (2/11) – os dados da PRF são ainda mais recentes. “Reitero o pedido do presidente Jair Bolsonaro para que as manifestações não impeçam o direito de ir e vir de todos”, escreveu.
PRF pede ajuda nos bloqueios
Os agentes da PRF solicitaram também o auxílio dos policiais militares e do Corpo de Bombeiros para dispersão dos bolsonaristas que se colocam contra o resultado das urnas e não aceitam a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao Supremo Tribunal Federal (STF) o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, afirmou nessa terça-feira (1º/11) que não possui agentes suficientes para dispersar os bloqueios. A ação entre as forças de segurança será definida durante reunião entre a PRF e o Ministério da Justiça.
“Assim, em cumprimento às determinações judiciais, faz-se necessário o apoio da Força Nacional para união de esforços em busca do interesse público, cujo planejamento das operações se dará em reunião conjunta de trabalho entre as forças de segurança pública”, declarou Vasques.
Com 100% das urnas apuradas pelo TSE à 0h29 de segunda-feira (30/10), Lula venceu as eleições brasileiras com 50,90% dos votos válidos. O petista bateu o próprio recorde e recebeu o maior número de votos da história do país: 60.345.999. Jair Bolsonaro somou 58.206.354 votos e ficou com 49,10%.
*Com informações do ‘Metrópoles’
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