Manaus (AM) – Um empresário identificado apenas como Guilherme Alves foi até uma delegacia da capital para registrar um Boletim de Ocorrência (B.O), após ter sua foto e de colegas, compartilhada nas redes sociais como sequestradores de crianças em Manaus.
A foto em questão vem sido compartilhada nas últimas semanas. Porém, no último domingo (21), ganhou maiores repercussões. O empresário alega estar sendo vítima de uma ‘Fake News’ (notícia falsa), juntamente com os outros funcionários que aparecem na foto. Além disso, ele informou que a informação inverídica iniciou nos municípios do Amazonas.
“Está repercutindo essa minha foto onde estão dizendo que eu estou sequestrando crianças, vendendo órgãos. Que os funcionários estão sequestrando crianças e tudo mais. Isso começou em Cacau Pirêra, no domingo (21) já estava em Itacoatiara, em quase todos os portais de notícias”, explicou o empresário.
O empresário ainda explicou que a preocupação em relação as falsas notícias iniciaram na segunda-feira (22), quando as fotos passaram a ser compartilhadas em Manaus.
“A informação chegou na minha família. Estava no Riacho Doce, em todos os lugares, dizendo que nós éramos sequestradores e que era para tomarem cuidado, que estávamos em um carro branco e em outro prata. Ainda tem áudios, inclusive, com pessoas chorando.”, desabafou.
O homem disse ter medo de algo pior acontecer com ele devido as falsas acusações estarem sendo compartilhadas.
“As pessoas estão compartilhando sem ao menos saber se é verdade. Já pensou se eu estou por aí sem saber dessa notícia e me matam? Então isso fica complicado. Antes de você compartilhar uma informação sobre alguma pessoa você tem que averiguar, procurar saber se a polícia está sabendo dessa notícia. É mais certo você compartilhar quando é da polícia”, ressaltou Guilherme.
Após registrar o Boletim, o homem foi orientado a procurar a Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos (DERCC), onde o caso vem sendo apurado.
Resposta da Polícia
A equipe de reportagem do Em Tempo solicitou informações sobre o caso para Polícia Civil do Amazonas, para esclarecimento. De acordo com o Marcelo Martins, que responde interinamente pelo 3º DIP, o caso segue sob investigação e outras informações não podem ser repassadas, para não atrapalhar os trabalhos policiais.
*Com informações de Luana Lima e edição web de Bruna Oliveira/Em Tempo
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