Brasília (DF) – O senador Plínio Valério (PSDB-AM) denunciou, nesta quarta-feira (06), na tribuna do Senado, o preocupante agravamento de casos de ataques de piratas de rio a embarcações transportadoras de combustíveis no Amazonas, com extrema violência, o que tem resultado em mortes, cárcere privado e sequestros.
Segundo levantamento do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), apenas nos quatro primeiros meses deste ano, as quadrilhas fortemente armadas já realizaram quatro ataques e roubaram, apenas em gasolina e óleo diesel, mais de 1,5 milhão de litros.
As empresas de navegação tem contratado segurança particular, mas não tem conseguido conter o avanço da pirataria de rio. Esses números, segundo Plínio, escancaram a alarmante situação em que se encontra a falta de segurança no transporte entre os municípios do interior do Estado e isso pode encarecer também o transporte prejudicando a população.
O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), cobra uma maior presença das forças de segurança estadual e federal para coibir, efetivamente, estes crimes.
Combate
Em novembro passado, o Comando do 9º Distrito Naval notificou um tiroteio que acabou com a morte de um oficial , além de quatro pessoas baleadas em confronto com os piratas. Plínio Valério lamentou as constantes ações dos criminosos.
“Temos abordado, desta tribuna, gravíssimos problemas da Amazônia, como a pobreza endêmica que a torna um dos piores lugares para ser criança no mundo, a cobiça internacional, o desmatamento, o garimpo irregular, as invasões. Agora, porém, ressurge uma praga: a intensificação da pirataria de rio”, lamenta o parlamentar.
A situação se torna mais grave, diz o senador, porque os combustíveis roubados não chegam aos municípios do interior para abastecimento de carros de passeio, e, principalmente, para de postos e usinas geradoras de energia a diesel.
É um problema a mais para a população, que depende do diesel para ter acesso a eletricidade e, assim, utilizar geladeiras, televisão e até lâmpadas acesas.
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*Com informações assessoria
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